POLÍTICA
Bolsonaro recria Ministério das Comunicações e nomeia genro de Silvio Santos como ministro
Por Da redação

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira, 10, em uma rede social que vai recriar o Ministério das Comunicações e nomear o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) para comandar a pasta. Casado com a apresentadora Patrícia Abravanel, o parlamentar é genro do apresentador e empresário Sílvio Santos, dono do SBT.
De acordo com Bolsonaro, uma Medida Provisória editada por ele vai desmembrar o atual Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, chefiado pelo astronauta Marcos Pontes. Logo após o anúncio, o Diário Oficial da União publicou a nomeação de Faria para o cargo. O secretário-executivo da pasta será Fábio Wajngarten, atual secretário de Comunicação Social do governo.
"Nesta data, via MP, fica recriado o Ministério das Comunicações a partir do desmembramento do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Para a pasta foi nomeado como titular o Deputado Fabio Faria/RN", publicou o presidente no Facebook.
Pouco tempo depois do anúncio, Bolsonaro disse que a indicação teve “aceitação excepcional”. Ele ainda negou ter negociado a indicação de Fábio Faria com o Centrão, afirmando que não se lembra qual o partido do deputado - o parlamentar integra o PSD, que compõe o bloco de partidos que negocia apoio ao governo em troca de cargos e ministérios.
"Vamos ter alguém que não é um profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que tem junto à família do Silvio Santos", acrescentou o presidente. "É uma pessoa que sabe se relacionar e vai dar conta do recado", completou.
A criação de mais um ministério quebra promessa de campanha feita por Bolsonaro de que seu governo teria apenas 15 ministérios - com a volta da pasta das Comunicações, a gestão chega a 23.
Proximidade
Segundo informações publicadas pela imprensa nacional, Faria, que está no quarto mandato, é muito próximo ao presidente e passou a monitorar nas últimas semanas as redes sociais para conferir quem é ou não fiel ao bolsonarismo.
Em maio, matéria publicada pelo Uol apontou que o deputado teve participação na decisão de Sílvio Santos de suspender a exibição de edição do “SBT Brasil”. Segundo o site, foi ele quem levou para o apresentador a insatisfação do governo com a cobertura da emissora sobre o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril no telejornal. Após receber o recado, Sílvio ordenou que a edição do sábado, 23 de maio, não fosse ao ar.
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