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Adélio Bispo ainda é um perigo para a sociedade, aponta laudo

Documento servirá para Justiça decidir se autor de atentado contra Jair Bolsonaro deve seguir recluso

Publicado quinta-feira, 25 de agosto de 2022 às 19:39 h | Atualizado em 25/08/2022, 19:53 | Autor: Da Redação
Se o juiz responsável pelo caso seguir o parecer técnico dos psiquiatras, Adélio deve permanecer recluso e em tratamento na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul
Se o juiz responsável pelo caso seguir o parecer técnico dos psiquiatras, Adélio deve permanecer recluso e em tratamento na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul -

O laudo elaborado pelos psiquiatras designados pela Justiça Federal para avaliar a condição da saúde mental de Adelio Bispo de Oliveira, o homem que deu uma facada no presidente Jair Bolsonaro (PL) durante campanha eleitoral em 2018, ficou pronto. O parecer dos peritos conclui que “não houve cessação de periculosidade” e que Adélio continua com sinais de transtorno delirante paranoide.

"Adélio Bispo de Oliveira permanece com diagnóstico clínico de transtorno delirante persistente, com alucinações de cunho religioso, persecutório e político que se manifestam frequentemente, sobretudo porque há recusa expressa do interno em receber a medicação psicotrópica recomendada para o tratamento de sua doença", diz trecho.

"Apresenta, no momento da avaliação, comportamento colaborativo, disciplinado, apesar de apresentar quadro instável e no momento apresenta sintomatologia positiva de doença, como delírios de cunho religioso, persecutório e político e se nega a fazer uso das medicações, que são carbonato de lítio 300mg, risperidona 2mg, já fez uso de nortriptilina 25mg/dia", acrescenta o laudo.

O documento servirá para a Justiça decidir se Adélio deve seguir recluso ou pode retornar ao convívio da sociedade. “Não houve cessação de periculosidade”, concluiu o documento cujos detalhes foram divulgados pela CNN Brasil, que teve acesso ao laudo.

Se o juiz responsável pelo caso seguir o parecer técnico dos psiquiatras, Adélio deve permanecer recluso e em tratamento na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O documento que servirá como base para a decisão do magistrado contém 10 perguntas sobre Adélio respondidas pelos especialistas em saúde mental.

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