TOM DE DESPEDIDA
Bolsonaro critica governo Lula e diz que Brasil “não se acaba dia 1º"
Em transmissão via internet nesta sexta-feira, 30, presidente também atacou a Justiça Eleitoral
Por Da Redação
Após silêncio quase absoluto depois de derrotado nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou uma live na manhã desta sexta-feira, 30, em tom de despedida. Ele agradeceu o apoio dos seguidores radicais acampados em frente aos quartéis, mas pediu compreensão aos que queriam que "saísse das quatros linhas da Constituição”.
“Se você está chateado, constrangido, se coloque no meu lugar. Eu tenho convicção, dei o melhor de mim”.
Apesar de condenar a tentativa de um bolsonarista em explodir uma bomba na capital federal, o presidente chamou o protesto de eleitores, que pedem intervenção militar, de "ordeiro" e "pacífico". Nas últimas semanas, os manifestantes protagonizaram cenas de depredação em Brasília e até tentaram invadir o prédio da Polícia Federal.
Em outro momento, o presidente afirmou que tem “muita gente vivendo clima de tristeza, quase velório”, e procurou se justificar por não ter se manifestado publicamente desde a vitória de Lula (PT).
“Como foi difícil ficar dois meses calado, trabalhando, para buscar alternativa. Qualquer coisa que eu falasse era escândalo na imprensa”.
Bolsonaro também criticou o ministério formado pelo novo governo, disse que a gasolina vai voltar a subir e que a revogação de decretos que facilitam a circulação de armas de fogo, como pretende Lula, vai aumentar a violência. Apesar disso, disse que não vai demorar muito tempo para o país voltar para “prosperidade”.
“O Brasil não vai se acabar em 1º de janeiro. Temos aí 30 dias. O Parlamento que volta em 1º de fevereiro é mais conservador, menos dependente do poder Executivo”, afirmou.
Eleição questionada
Bolsonaro também voltou a criticar a legalidade do processo eleitoral, mas disse que não questionaria a apuração durante a transmissão. “Se você duvidar da urna, você está passível a responder processo. É crime. Tudo bem, não vamos duvidar das urnas aqui”.
O presidente também disse que foi prejudicado pelo Tribunal Regional Eleitoral. "A questão das rádios também. Tinha mais espaço para um candidato do que para outro. Tivemos também ali certas medidas adotadas pela Justiça eleitoral que ninguém conseguia entender. Fui proibido de fazer live em casa. Foi uma campanha imparcial? Obviamente, que não foi imparcial. Foi parcial”.
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