DEMISSÕES
Bolsonaro diz que "ripou" Iphan após obra interditada da Havan
Presidente afirmou que exonerou funcionários do instituto, que "não dá mais dor de cabeça"
Por Da Redação
Em discurso a empresários nesta quarta-feira, 15, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que demitiu funcionários do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) depois que o órgão interditou uma obra da Havan, empresa de Luciano Hang, seu apoiador.
Bolsonaro acrescentou que, até aquela ocasião, não sabia o que era o Iphan. “Tomei conhecimento que uma pessoa conhecida, o Luciano Hang, estava fazendo mais uma obra e apareceu um pedaço de azulejo nas escavações. Chegou o Iphan e interditou a obra. Liguei para o ministro da pasta e [falei]: que trem é esse? Porque não sou inteligente como meus ministros. O que é Iphan? Explicaram para mim, tomei conhecimento, ripei todo mundo do Iphan. Botei outro cara lá”, declarou o chefe do Palácio do Planalto, durante o evento Moderniza Brasil, promovido na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Ainda sobre o Iphan, Bolsonaro disse que o instituto "não dá mais dor de cabeça para a gente". "E quando ripei o que teve, me desculpa, prezado Ciro [Nogueira, ministro da Casa Civil, que estava na plateia], o que teve de político querendo indicação não estava no gibi. E aí eu vi realmente o que pode fazer o Iphan. Tem poder de barganha extraordinário. Vocês sabem o que acontece", completou.
O presidente contou ainda que indicou Morgana de Almeida Richa para uma vaga no Tribunal Superior do Trabalho (TST) porque, ao avaliar temas julgados por ela previamente, considerou que ela não atrapalharia o empresariado. “Conheci, depois de conversar por poucas horas, a candidata ao TST. E todos vocês têm interesse lá, né? Quando eu cheguei, estava perdendo por um voto o pessoal mais à direita para o mais à esquerda. Agora estamos ganhando por três. Analisei a senhora Morgana pelos seus julgados no passado, não vai atrapalhar os senhores”, discursou.
Bolsonaro ainda voltou a afirmar que demitiu funcionários do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) no começo de sua gestão e que agora não tem problemas com a autarquia. “Ripei todo mundo, foi para o saco todo mundo. Coloquei lá um coronel do Exército. A imprensa: ‘Ah, mais um militar’. O cara é formado pelo IME, pô. Ninguém fala em Inmetro mais”, declarou, entre aplausos da plateia.
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