EMPRÉSTIMO A BENEFICIÁRIOS
Bolsonaro faz apelo a banqueiros por consignado do Auxílio Brasil
Bancos que pretendem fazer empréstimos para beneficiários do programa disseram que ofereciam o crédito com juros de quase 80%
O presidente Jair Bolsonaro (PL) está em reunião na tarde desta segunda-feira, 8, com empresários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), em São Paulo, para falar da economia brasileira e ouvir a visão da indústria financeira.
No encontro, Bolsonaro pediu aos banqueiros juros menores para empréstimos consignados para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Auxílio Brasil e do Renda Mensal Vitalícia (RMC), que tem um limite de até 40% do valor recebido. Bancos como Bradesco, Itaú, Santander e Nubank, no entanto, não pretendem adotar a modalidade do empréstimo sob a justificativa de estimular o endividamento de famílias de baixa renda. Outros já ofereciam o crédito, mas com juros de quase 80%.
"Em 2022 os problemas continuaram. Agravou-se com o conflito Ucrânia e Rússia, todo mundo sofrendo, população pagando mais caro gêneros alimentícios. Fiz uma videoconferência com os donos de supermercado do Brasil, apelei para eles: ‘Dá para diminuir a margem de lucro dos produtos da cesta básica?'. Nós já tínhamos zerado todos os impostos federais da cesta. Agora, faço apelo para vocês: vai entrar o pessoal do BPC no empréstimo consignado. Isso é garantia, desconto em folha. Se puderem reduzir o máximo possível porque ainda estamos atravessando, estamos no final da turbulência para que todos nós possamos cada vez mais mostrar que o Brasil não é mais um país do futuro, é do presente. Os números estão ai, números fantásticos. Feitos por quem? Pelo nosso governo, por vocês também", destacou.
Na quarta-feira, 3, Bolsonaro sancionou a lei que permite a contratação de empréstimo consignado por beneficiários de programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A lei foi criada por meio de uma medida provisória com o aval do Congresso Nacional. A partir dela, as famílias que recebem os benefícios poderão autorizar que a União desconte dos repasses mensais dos programas os valores referentes aos empréstimos.
A partir deste mês até dezembro deste ano, o Auxílio Brasil passará de R$ 400 para R$ 600.
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