VOTAÇÃO NESTA QUINTA
Cassação do mandato de vereador curitibano é racismo, diz PT-BA
Renato Freitas é acusado de quebra de decoro em igreja. Vereador diz que ato foi pacífico
Por Da Redação
Na semana em que está programada a votação da cassação do vereador de Curitiba, Renato Freitas (PT), a representação do partido na Bahia emitiu nota em solidariedade ao parlamentar e disse enxergar racismo na acusação. “A acusação de quebra de decoro é apenas pano de fundo para calar um mandato negro em uma das cidades mais brancas, de direita e elitista do Brasil”, disse o secretário de Combate ao Racismo do PT Bahia, Ademário Costa.
Em 5 de fevereiro deste ano, protestos em todo o Brasil pediam justiça por Moïse, imigrante congolês assassinado no Rio de Janeiro. Um deles, em Curitiba, teve a participação de Renato Freitas, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. O petista paranaense disse que o ato foi pacífico e a Arquidiocese de Curitiba considerou ação agressiva e “uma invasão”.
Caso seja cassado, além de perder o mandato, Freitas também perderá os seus direitos políticos, ficando inelegível por oito anos. “Desde o início do seu mandato, sempre foi perseguido, preso várias vezes, atacado e ameaçado de forma racista e contra sua trajetória política. O objetivo é tirar um jovem negro do poder, calar, ‘matar’ a luta contra o racismo”, alegou Ademário Costa.
Para Ademário, é fundamental defender mandatos e candidaturas negras e afroindígenas, como a de Renato Freitas e a de Jerônimo Rodrigues, pré-candidato ao Governo da Bahia, para romper com o racismo. “A violência racial na política é o principal motivo da perseguição política contra o vereador Renato Freitas. Portanto, é urgente a defesa dos negros na política e o combate a todo ataque racista durante a sua trajetória de luta”.
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