DEPOIMENTO MARCADO
Defesa de Anderson Torres pede que ele fique em silêncio na CPMI
Torres vai depor na CPMI do 8 de janeiro na próxima terça-feira
Por Da Redação
A defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, solicitou junto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele fique em silêncio durante depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, que vai acoontecer na próxima terça-feira, 8.
Torres foi convocado pelo colegiado para falar na condição de testemunha. Os advogados afirmam que Torres tem o "desejo de comparecer ao ato, porquanto é o maior interessado no esclarecimento dos fatos", mas que quer manter o direito de não se incriminar.
Além disso, solicitam que ele não responda sobre a minuta do golpe de Estado, em decorrência do caráter supostamente sigiloso do documento.
Os advogados argumentam que a CPMI convocou Anderson Torres como testemunha, o que seria equivocado. "Nesse panorama, impõe-se que Vossa Excelência assegure ao requerente o direito constitucional ao silêncio na 'condição de investigado', com a consequente expedição de salvo-conduto".
Os advogados desejam ainda que o ex-ministro deixe de usar a tornozeleira eletrônica no dia. A relatora do colegiado, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), confirmou a convocação de Anderson Torres após a reunião da comissão da última terça-feira (1º).
O ex-ministro da Justiça ficou 117 dias preso, de janeiro a maio, e agora é monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele é investigado em inquéritos no STF pelas suspeitas de ter se omitido na proteção à Praça dos Três Poderes.
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