CRÍTICA
"Democrata não tem que assinar cartinha”, diz Bolsonaro a banqueiros
Presidente participou de almoço nesta segunda, 8, na sede da Febraban, em São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 8, voltou a atacar o documento pró-democracia da Faculdade de Direito da USP, qual chamou de “cartinha”, durante almoço com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Bolsonaro pontuou que o objetivo do manifesto seria “voltar o país nas mãos dos que fizeram uma ofensa conosco”, em referência aos anos de governo do PT.
“Eu disse a vocês que têm que olhar na cara, ver as minhas ações e me julgar por aí. Assinar cartinha eu não vou assinar cartinha, até por causa mais do que política”, disse o presidente aos empresários.
Aos banqueiros, signatários da carta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que defende os valores democráticos e a independência entre os poderes, Bolsonaro disse que quem é "democrata não precisa assinar cartinha."
“Outra coisa, pessoal, quem quer ser democrata, não precisa assinar cartinha, não. Se tiver que assinar que sou honesto, todo mundo vai assinar que é honesto. Democracia tem que sentir o que a pessoa está fazendo. (...) Falar todo mundo fala. Fazer cartinha todo mundo faz”, desdenhou o presidente.
Oito candidatos à presidência da República assinaram a carta: Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D’Ávila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (Unidade Popular) e José Maria Eymael (Democracia Cristã).
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