DENÚNCIA
Documentos enviados por Damares não comprovam abuso sexual infantil
Ex-ministra tem três dias para informar detalhes da denúncia
Por Da Redação
Os documentos apresentados pela ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, não comprovam os supostos casos de abuso sexual contra crianças na Ilha do Marajó, no Pará.
A informação foi inicialmente divulgada pelo Estadão, que avaliou documentos encaminhados pela equipe de Damares.
Em culto realizado na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia, a ex-ministra e senadora eleita pelo Distrito Federal afirmou que crianças de quatro anos cruzaram as fronteiras com os dentes arrancados. Segundo Damares, a ideia era “para não morderem na hora do sexo oral”.
Foram avaliados relatórios da CPI da Pedofilia, de 2010, e de uma CPI da Assembleia Legislativa do Pará, do mesmo ano. O objetivo era apurar práticas de violência e abuso sexual contra crianças no estado. Os documentos apontaram a existência de crimes de violência sexual infantil, mas descartam a denúncia feita pela ex-ministra.
Relatório da CPI dos maus-tratos, finalizada pelo Senado em 2018, também não menciona o suposto caso.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) determinou na última terça-feira, 11, que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informe detalhadamente as denúncias recebidas de 2016 até 2022.
Ao ser questionada, a assessoria de Damares afirmou que os casos são sigilosos.
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