PESSOAS TREINADAS
“Enfrentamos uma organização criminosa", diz interventor do DF
Ricardo Cappelli falou da existência de pessoas com treinamento e equipamento de combates em Brasília
O interventor do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, falou, nesta sexta-feira, 20, sobre as investigações que estão em andamento após os atos de vandalismo na praça dos Três Poderes. Segundo ele, o governo está enfrentando uma organização criminosa.
"A situação é gravíssima. Nós estamos enfrentando uma organização criminosa que construiu um financiamento estruturado. Porque a gente já consegue identificar um financiamento de ônibus e alimentos. Não é uma manifestação espontânea, foi uma coisa planejada, uma ação que começa no financiamento, passa pela conivência e pela omissão de agentes públicos e vai até a presença de homens treinados, com equipamentos especiais aqui em Brasília” disse.
O interventor falou da existência de pessoas com treinamento e equipamento de combates em Brasília. “Eu tenho relato de policiais, e eles dizem que enfrentaram profissionais, com rádios comunicadores e até equipamentos, como luvas para pegar bombas de gás lacrimogêneo e reenviar de volta pra tropa. A gente enfrentou no dia 08 uma organização criminosa que vai ser desmontada e tratada na forma da lei. Existia gente treinada. Nós temos 44 homens feridos, da polícia militar” afirmou.
Em entrevista exclusiva ao programa do Datena, Cappelli também comentou sobre as operações que estão sendo realizadas pela PF. “A polícia federal está fazendo a maior mobilização de sua história, trabalho de inteligência e cruzamento de dados e a gente já começou a identificar os financiadores e esses trabalhos vão ter consequências nas próximas semanas”.
Na ocasião, Ricardo comentou sobre a situação do ex-secretário de Segurança e ex-ministro da Defesa, Anderson Torres. Segundo o interventor, não foi coincidência ele sair do país após trocar o comando da polícia do DF.
“Não me parece coincidência que o secretário de segurança pública do DF, Anderson Torres, tenha trocado o comando da segurança pública e logo depois saí do país. Acho que o documento achado na casa dele corrobora que o Anderson Torres, por omissão ou conivência tenha participado, tenha responsabilidade nos atos que aconteceram no dia 08 de janeiro” finalizou.
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