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“Está aberta a avenida de privatização da Petrobras”, diz Luna

Ex-presidente da estatal, coronel vê influência de Paulo Guedes na escolha de novo comandante da empresa

Publicado terça-feira, 24 de maio de 2022 às 15:56 h | Atualizado em 24/05/2022, 16:40 | Autor: Da Redação
General Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras até março deste ano
General Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras até março deste ano -

O aumento da influência do ministro da Economia, Paulo Guedes, na direção da Petrobras e na escolha do titular do Ministério de Minas e Energia é a abertura que faltava ao governo para cimentar a privatização da estatal brasileira.

O presidente da empresa até março deste ano, o general Joaquim Silva e Luna, disse a coluna “Igor Gadelha”, do Portal Metrópoles, que a escolha de Caio Paes da Andrade, indicado pelo governo na noite desta segunda-feira, 23, como novo chefe da estatal, abre de vez o caminho para a privatização da empresa.

“Está aberta a avenida da privatização, se quiserem”, disse o militar à coluna, afirmando que Paes de Andrade é um “preposto” do ministro da Economia, Paulo Guedes, ferrenho defensor da privatização.

Caio é secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. Ele é próximo do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, também indicado por Guedes.

Troca esperada

Já o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, declarou que a terceira troca na Petrobras já era esperada após a mudança da titularidade do Ministério de Minas e Energia.

“Tivemos a troca do comando do ministério, para o ministro Saschida. Acho que a política que diz respeito a esse setor no país, apesar de a Petrobras ter sua independência de gestão, tem que estar completamente alinhada com o novo ministro. Então, já era esperado”, disse Nogueira em entrevista ao SBT News.

O ministro disse ainda que o alinhamento entre o ministro de Minas e Energia e o novo chefe da Petrobras é fundamental para o governo enfrentar o que chamou de “um novo momento no setor de Minas e Energia” e que a política de preços praticada pela estatal é o fator que tem mais angustiado o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas ressaltou que não vê Bolsonaro cometendo uma intervenção na empresa.

“Não vejo (como intervenção). Houve a mudança no comando do ministério. Esses lucros da Petrobras angustiam todos nós por conta da questão do preço alto. São situações que foram criadas na governança da Petrobras por anos e anos de escândalos do Partido dos Trabalhadores”, sugeriu o ministro.

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