“DEI UNS 50 TIROS”
“Eu até ri”, diz Jefferson sobre granada lançada contra a PF
Ex-deputado se disse arrependido da ação contra policiais federais
Por Da Redação
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) refutou, durante um interrogatório nesta sexta-feira, 26, ter tido qualquer intenção de causar danos ou tirar a vida de policiais federais que estavam executando um mandado de prisão emitido em outubro de 2022 pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu estava no meu quarto no celular quando vi os policiais chegarem pela câmera de monitoramento. Peguei a carabina que fica do lado da minha cama e a bolsa com os três artefatos. Fui pra varanda. Eles disseram que foram me prender e fazer busca na minha casa. Eu disse que não ia, que estava sendo perseguido pelo Alexandre de Moraes, e falei pra eles [policiais] saírem de lá. Um policial pulou o portão”, narrou o início do tiroteio durante o depoimento, segundo a Folha de S. Paulo.
Perante a Justiça Federal, o ex-deputado afirmou que os cerca de 50 tiros que ele disparou tinham como alvo a viatura da Polícia Federal (PF), acreditando que esta fosse à prova de balas. No entanto, apenas as portas dianteiras do veículo possuíam algum tipo de proteção.
“Aí eles correram, se abrigaram. E eu só lancei [a granada] depois. Depois eu disparei no para-brisa, na capota, no giroflex. Dei uns 45, 50 tiros”, afirmou.
“Eles se abrigaram. A última a correr foi a menina. Eu até ri. Ela é igual a minha neta. Cabelinho preso…”, disse.
Ainda segundo a Folha, no depoimento, o ex-deputado pediu desculpas e se disse arrependido pela ação. “Nunca na minha vida dei um tapa em ninguém (…) Hoje eu não repetiria. Estou preso, afastado da minha casa, da mulher que eu amo”.
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