ARTICULAÇÃO POLÍTICA
“Falta é o ministro da Fazenda", diz Wagner sobre PEC da Transição
Senador baiano foi escalado para destravar proposta com os colegas no Senado
O senador Jaques Wagner (PT-BA), que integra a equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse, nesta quinta-feira, 24, que a indicação do futuro ministro da Fazenda facilitaria a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.
O parlamentar foi questionado se o governo eleito deveria indicar um nome para a articulação do texto no Congresso. Ele disse que "falta mais, por enquanto, [para saber quem será] o ministro da Fazenda", declarou o senador no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. “Acho que facilita [a negociação], mas não depende de mim, estou dando uma opinião, quem vai decidir é o presidente da República”.
Wagner foi escalado pelo PT para tentar reverter as dificuldades que o partido encontrou no Senado com a proposta, tida como fundamental para liberar despesas fora do teto de gastos e possibilitar o cumprimento de promessas feitas durante a campanha eleitoral. O petista, no entanto, diminuiu o tamanho da responsabilidade atribuída a ele.
“Eu não acredito em mágico. Ninguém sozinho vai fazer nada. Eu estou ajudando, porque essa é a minha experiência, de articulador político, mas não sou eu que estou fazendo sozinho, tem muita gente envolvida. É que querem botar nas minhas costas tudo”, argumentou o senador, dizendo ainda que, apesar das especulações, ainda não há nome definido para ocupar o Ministério da Fazenda. “O problema é que não é que tem nome na mesa, tem na cabeça do presidente”.
Nesta sexta-feira, 25, Jaques Wagner viaja a São Paulo para conversar pessoalmente com Lula. O presidente se recupera de uma cirurgia nas cordas vocais e, por isso, não veio a Brasília nesta semana. “Vou dar o quadro a ele, ele está refletindo, olhando as coisas. Infelizmente ele teve que se calar, ele queria estar aqui”, disse Wagner.
O senador e ex-governador da Bahia integra o grupo técnico intitulado Centro de Governo e é também cotado para o GT de Defesa. Ex-ministro da Defesa do governo de Dilma Rousseff, Jaques Wagner é próximo ao presidente eleito. De acordo com especulações da imprensa nacional, Lula cogita entregar a chefia do Itamaraty ou do Ministério da Defesa para o parlamentar.
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