PAGAMENTOS EM DINHEIRO VIVO
Gastos revelados de Jair Bolsonaro são “pífios”, dizem advogados
Defesa do ex-presidente apresentou planilha com gastos com pequenos fornecedores informais
Por Da Redação
Em uma entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, 15, os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) explicaram os gastos divulgados pela imprensa durante o último fim de semana. De acordo com a defesa, os valores em questão são considerados insignificantes e referem-se às despesas cotidianas da família do ex-presidente.
De acordo com a Polícia Federal, essa prática dificulta a identificação do remetente do dinheiro, o que levanta suspeitas de desvio de recursos públicos. No entanto, a defesa de Bolsonaro argumenta que não houve qualquer irregularidade.
“Como funcionava? Quando existente CNPJ do fornecedor, o presidente pagava os boletos, e todos os extratos serão apresentados pela defesa. No caso de pequenos fornecedores ou fornecedores informais ou não possuidores de CNPJ, o presidente sacava valores, que eu tenho nesta planilha de todos os meses. E eu colocarei à disposição da imprensa oportunamente”, afirmou o advogado e ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten.
Além disso, o advogado ressaltou que Bolsonaro nunca utilizou o cartão corporativo, ao qual todo presidente tem direito, para cobrir despesas da sua família. "O cartão corporativo nunca foi empregado para custear qualquer despesa ou realizar qualquer compra", afirmou Wajngarten.
Durante a coletiva, a defesa do ex-presidente divulgou também uma planilha que mostra os saques bancários realizados por ajudante de ordens do ex-chefe da República, o tenete-coronel Mauro Cid, na conta de Jair Bolsonaro durante os 4 anos de mandato.
De acordo com a defesa, em três ocasiões (abril de 2019, janeiro de 2022 e julho de 2022), foram sacados R$ 25 mil, que é o valor máximo permitido para um único mês. Ao todo, foram retirados R$ 644 mil das contas do presidente.
Segundo os advogados, Bolsonaro abriu uma conta poupança nos Estados Unidos em dezembro de 2022, com um saldo de aproximadamente US$ 135 mil. No entanto, a conta permaneceu inativa desde então. O advogado Marcelo Bessa afirmou que a decisão de abrir essa conta ocorreu porque o ex-presidente "tem preocupações sobre a condução econômica do governo atual" e optou por transferir parte de seus recursos para fora do país.
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