INSUBORDINAÇÃO
General negou a Dino prisão de golpistas em ato, diz Washington Post
"Você não vai prender as pessoas aqui", teria dito general Júlio César de Arruda
Por Da Redação
O General do Exército Júlio César de Arruda não permitiu que a Polícia Militar do Distrito Federal prendesse golpistas que se refugiaram em frente ao quartel-general de Brasília, após os atos terroristas do último domingo, 8. Em ato de insubordinação, ele ainda teria confrontado o ministro da Justiça Flávio Dino. O comportamento do general foi publicado pelo jornal americano Washington Post.
De acordo com a reportagem, o Exército posicionou tanques e três linhas de soldados para impedir as detenções. "Você não vai prender as pessoas aqui", teria dito o general a Flávio Dino, segundo relataram duas pessoas que estavam presentes. De acordo com autoridades do governo ouvidas pela reportagem, esse ato permitiu que centenas de golpistas escapassem.
A versão coincide com o que disse em depoimento Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal à Polícia Federal na última sexta-feira, 13, quando afirmou que "autoridades militares" impediram o desmonte do acampamento bolsonarista.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inconformados com o resultado da eleição invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, (STF).
A PF ainda investiga os celulares e material genético deixados na cena do crime para identificar e colher provas contra os invasores. Ao todo, mais de 1.500 pessoas foram detidas, algumas centenas já enviadas para a prisão após audiência de custódia.
Em nota hoje o Exército disse que houve uma reunião com os ministros José Múcio (Defesa), Flávio Dino e Rui Costa (Casa Civil) e o comandante do Exército no Comando Militar do Planalto, após os ataques.
"A finalidade da reunião foi a analisar a situação e coordenar as ações subsequentes em relação aos manifestantes acampados no SMU [Setor Militar Urbano]", diz o comunicado, sem detalhar o que foi discutido. "Ao final da reunião todos os presentes concordaram com as ações a serem adotadas".
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