CAIU
Gonçalves Dias deixa GSI após reunião com Lula
Ministro foi visto no Palácio do Planalto durante invasão golpista
Por Da Redação
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, não ocupa mais o cargo. Ele pediu demissão nesta quarta-feira, 19. Com o anúncio, o governo Lula sofre a primeira baixa no alto escalão após pouco mais de 100 dias de gestão.
O pedido aconteceu após a divulgação de um vídeo da CNN, que mostra o chefe do GSI dentro do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, durante as invasões golpistas realizadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No vídeo, junto com Gonçalves, militares do GSI aparecem guiando os invasores para portas de saída. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência para debater o assunto com os ministros e confirmou a saída do general do governo.
Em nota, a Comunicação da Presidência da República afirmou que não haverá impunidade para os envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Confira a nota:
“A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.
As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.
No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.
Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.
O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.
E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.”
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