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07/04/2023 às 18:22 | Autor: Da Redação

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

Governo estuda nova forma de financiamento de sindicatos, diz site

“Taxa negocial” seria forma diferente do imposto sindical que era cobrado antes da reforma trabalhista

Imposto sindical foi suspenso com a reforma trabalhista no governo Temer
Imposto sindical foi suspenso com a reforma trabalhista no governo Temer -

O Ministério do Trabalho está em discussão com as centrais sindicais sobre um novo modelo de financiamento para sindicatos, que foi extinto após a reforma trabalhista do governo Michel Temer (MDB). A proposta é implementar uma "taxa negocial" aprovada em assembleias, juntamente com a pauta de reivindicações a ser negociada com os sindicatos patronais.

Este novo modelo difere do anterior à reforma trabalhista, no qual todos os trabalhadores pagavam obrigatoriamente um imposto sem necessariamente aprová-lo, saber seu destino ou a pauta de reivindicações a ser negociada.

“O que estamos propondo ao governo é que o sindicato convoque uma assembleia e consulte todos trabalhadores perguntando sua pauta, se autorizam o sindicato a negociar”, declarou Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e coordenador do fórum das centrais sindicais em entrevista à CNN.

“Depois uma assembleia aprova isso e na mesma assembleia coloca em votação como será financiada a campanha salarial. Seria uma ‘contribuição negocial’ ou ‘taxa negocial’”, explica.

Além disso, ele destacou que a principal distinção em relação ao imposto sindical é que, anteriormente, os trabalhadores eram obrigados a pagar, mas não havia garantias de que o sindicato negociaria uma campanha salarial em seu benefício.

“Não faz sentido sindicato que não negocia ser beneficiário de imposto. A ideia nossa é um modelo coerente com modelo de negociação. Não queremos o que tínhamos antes: sindicatos descolados de modelo de negociação. Queremos sindicatos representativos”, argumentou.

Não há clareza ainda sobre se o novo formato seria proposto por meio de projeto de lei ou Medida Provisória. Nos próximos dias, o modelo será apresentado tanto a empresários quanto ao Congresso.

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Tags:

contribuição sindical CUT imposto sindical reforma trabalhista sindicatos

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