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Governo fecha contrato de R$ 450 milhões em licitação sob suspeita

Gestão federal passou por cima de uma investigação da Corte e contratou empresa para prestar serviços

Publicado segunda-feira, 18 de julho de 2022 às 08:14 h | Autor: Da Redação
Gestão federal passou por cima de uma investigação da Corte e contratou empresa para prestar serviços
Gestão federal passou por cima de uma investigação da Corte e contratou empresa para prestar serviços -

A Secretaria Especial de Comunicação do governo Bolsonaro passou por cima de uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e fechou um contrato de R$ 450 milhões em uma licitação que estava sob apuração da corte por suspeita de favorecimento à empresa vencedora. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Conforme a publicação, o relator do caso no TCU, ministro Weder de Oliveira, havia pedido a suspensão da licitação em que a Calia/Y2 Propaganda e Marketing teve as melhores notas para realizar serviços de publicidade sobre ações do governo. No entanto, no dia 21 seguinte, véspera da sessão plenária em que a decisão seria submetida para confirmação ou não em plenário, representantes da Secom solicitaram reunião de urgência no gabinete do ministro a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), na qual lhe foi informado que o contrato já havia sido firmado no dia 25 de maio.

Na sessão plenária, o ministro se queixou da atitude do governo e disse que a Secom se omitiu por quase um mês em dar essa informação ao TCU, deixando que a Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog) da Corte concluísse sua instrução sem estas informações. A Secom sabia desde o dia 9 de maio que o certame estava sendo questionado pelo tribunal, mas não forneceu este dado ao processo durante as oitivas do TCU. "

"A conduta observada foi oposta à esperada por esta Corte, de prudência e colaboração: o procedimento licitatório foi encerrado rapidamente, na vigência do prazo para manifestação em oitiva prévia, omitindo-se o órgão de prestar a este tribunal essa informação de suma importância, sem qualquer justificativa, tanto para a omissão, quanto para a homologação célere", disse Oliveira.

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