EM MAIO
Governo lançará programa emergencial de reforma agrária, diz ministro
Paulo Teixeira aponta que medida surge de demanda reprimida de seis anos sem desapropriações de terras
![O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1220000/1200x720/Artigo-Destaque_01227691_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1220000%2FArtigo-Destaque_01227691_00.png%3Fxid%3D5803643%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720382214&xid=5803643)
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o governo federal planeja lançar um programa emergencial de reforma agrária neste mês de maio. Ele disse que a medida vem para atender a uma "demanda represada" de pequenos agricultores após um período sem a reorganização da estrutura fundiária do país. A informação foi dada durante entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira, 1º.
“Depois de seis anos sem que o governo federal tenha desapropriado um centímetro de terra, há um represamento das demandas pela reforma agrária. Tem inúmeros acampamentos, por exemplo, com crianças que nasceram lá e hoje têm 7, 8 anos de idade. Não tem qualquer política para elas e é por isso que há essa movimentação do governo”, destacou Teixeira.
“É por isso que vamos lançar esse programa. O governo do presidente Lula quer paz no campo, uma relação em que essas demandas sejam encaminhadas e transformadas em novos assentamentos, com trabalhadores tendo crédito e assistência”, complementou o ministro.
O anúncio do programa emergencial surge após o governo incluir o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, conhecido como "Conselhão". O colegiado foi recriado pelo presidente Lula em março e é composto por movimentos sociais, representantes da sociedade civil e empresários, com o objetivo de assessorar na formulação de políticas públicas.
Teixeira mencionou ainda que o Abril Vermelho foi um momento propício para dialogar com o MST, e que o governo irá respeitar a Constituição durante os esforços para reorganizar a estrutura fundiária do país.
“Temos muitas grandes propriedades e minifúndios, e muitas famílias não têm condições de prosseguir na terra tendo em vista o tamanho da propriedade. Essa é uma demanda natural pela reforma agrária. A Constituição diz que tem que respeitar a propriedade privada, mas também diz que ela tem que cumprir uma função social”, defendeu.
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