POLÍTICA
GSI vai acelerar trocas sem apelar para desmilitarização, diz Cappelli
Ministro interino apontou que cerca de 35% do corpo de servidores já foi trocado
O processo de renovação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), objetivo do Governo Federal, será acelerado após a saída de Gonçalves Dias, que pediu demissão semana passada. No comando da pasta de maneira interina, Ricardo Cappelli afirmou que a orientação partiu do presidente Lula (PT).
"Com o cenário de polarização política que vivemos, com a presença de extremistas, as trocas se tornam ainda mais importantes. Recebi do presidente Lula a determinação de acelerar essas renovações. É o que farei a partir de amanhã", disse ao UOL Entrevista.
Apesar de orientar a renovação, Lula não pediu que haja uma desmilitarização do GSI, conforme Cappeli. "Não é razoável trocar todos os servidores do GSI, mas seremos rigorosos. Cerca de 35% do corpo de servidores já foi trocado", falou.
"Acho que é importante que a gente não alimente um falso antagonismo entre civis e militares. A segurança do presidente sempre foi liderada por militares, em perfeita harmonia com civis e participação da Polícia Federal. Não há nenhuma orientação do presidente Lula no sentido de desmilitarização do GSI", completou.
De maneira interina no cargo, Cappelli disse não ver problema que um general continue no comando do GSI, como tem sido comum. Ele ainda comentou a possibilidade de escolha de Marcos Antônio Amaro dos Santos, que foi ministro-chefe do GSI no governo Dilma.
"O GSI foi comandado por mais de 85 anos por generais do Exército então vejo com naturalidade que um general siga no comando do GSI. Eu não conheço pessoalmente o general Amaro, mas vejo com naturalidade", disse.
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