QUEBRADEIRA EM BRASÍLIA
Ibaneis culpa Torres e diz que não foi conivente com atos no DF
Governador afastado do DF prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira, 13
Por Da Redação
Em depoimento concedido à Polícia Federal nesta sexta-feira, 13, o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que foi induzido ao erro pelo secretário de Segurança interino do DF, Fernando de Souza Oliveira, sobre as intenções dos golpistas que atacaram e depredaram a sede dos três Poderes, em Brasília.
De acordo com Ibaneis, Oliveira só o avisou a respeito da perda de controle das forças de Segurança sobre os responsáveis pelos atos antidemocráticos por volta das 15h30, quando o bloqueio da polícia já havia sido furado e os prédios da Praça dos Três Poderes estavam começando a ser invadidas.
O governador do DF informou à PF que assim que foi comunicado sobre a perda de controle da PM-DF dos golpistas, solicitou apoio da Força Nacional de Segurança ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB). Ademais, afirmou ter ficado “decepcionado” e “revoltado” com as imagens de policiais tendo atitudes de passivas e interagindo com os invasores do Congresso, do Palácio do Planalto e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF).
"O declarante foi absolutamente surpreendido com a falta da resistência exigida para a gravidade da situação por parte da PM-DF e não quer e não pode generalizar esta afirmação, mas ficou revoltado quando viu cenas de alguns PMs se confraternizando com manifestantes. O declarante entende que houve algum tipo de sabotagem que a investigação ora desenvolvida deverá esclarecer", diz trecho do depoimento do governador afastado publicado pelo jornal O Globo.
Esse foi o motivo, de acordo com Ibaneis, que ele exonerou já no domingo, 8, o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, que, desde a sexta-feira, 6, estava em viagem aos Estados Unidos, para iniciar as suas férias que, oficialmente, sói começavam na segunda-feira, 9.
"A exoneração do secretário Anderson se deu em razão do fato de que este estava ausente do país no momento do trágico acontecimento e, portanto, o declarante perdeu a confiança no seu então secretário", cita outro trecho do depoimento.
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