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Insatisfação com Padilha faz MST discutir se integrará Conselhão

Chefe das Relações Institucionais criticou estratégias do movimento que defende reforma agrária

Publicado terça-feira, 25 de abril de 2023 às 09:58 h | Atualizado em 25/04/2023, 11:07 | Autor: Da Redação
MST reivindica reforma agrária
MST reivindica reforma agrária -

Iniciativa do governo Lula (PT) que visa reunir representantes de grupos sociais que costumam entrar em divergência, o Conselhão corre o risco de não contar com a presença do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. O motivo seria a insatisfação do MST com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Para o MST, as declarações de Padilha sobre o movimento mostram que o ministro já escolheu um lado dentro do Conselhão, que também será composto por ruralistas e empresários.

O chefe das Relações Institucionais disse condenar "qualquer ato que danifique áreas e processos produtivos" e que o MST  deveria tentar "outras formas de luta que podem conquistar ainda mais a sociedade para uma causa tão importante", citando as reivindicações por reforma agrária, agricultura familiar e produção de alimentos.

Também foi criticada pelo MST a suposta falta de empenho de Padilha em barrar a CPI do MST, que deve ser instalada na Câmara dos Deputados.

O que é o Conselhão

O governo Lula decidiu recriar o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável. O órgão será responsável por assessorar o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes destinadas ao desenvolvimento econômico social sustentável.

De acordo com o governo federal, o Conselhão será um espaço de diálogo entre o Governo e a sociedade na construção de agendas para o desenvolvimento do país, em particular com empresários e organizações de trabalhadores. O Conselhão havia sido extinto em 2019. 

O Conselhão será presidido pelo Presidente da República e terá como membros o vice-presidente, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e cidadãos brasileiros de “ilibada conduta” e “reconhecida liderança”. As Conselheiras e os Conselheiros são nomeados pelo Presidente da República e terão mandato de 2 anos – a lista completa está sendo fechada.

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