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Lula defende fim imediato da guerra antes da decisão sobre a Crimeia
Apesar de Ucrânia não renunciar à reconquista do território, Lula diz que prioridade deveria ser fim da guerra
Em coletiva de imprensa após reunião com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em Madrid, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse defender o fim da guerra antes de qualquer tratativa sobre o destino do território da Crimeia, disputado entre Rússia e Ucrânia.
O presidente da República do Brasil disse que tem se reunido com líderes de outros países para formar um "Clube da Paz", uma espécie de grupo para mediar a Guerra da Ucrânia.
"A guerra está em um estágio em que acho que precisa uma interferência de um grupo de países amigos que possam sentar e estabelecer uma regra. Primeiro, vamos parar de matar gente. Vamos parar de destruir o que já está construído e ver onde podemos chegar. Se não formos capazes de fazer um acordo, paciência", discursou o presidente brasileiro.
Ainda segundo Lula, os responsáveis por discutir a Crimeia são Rússia, que domina o território desde 2014, e a Ucrânia, que não abre mão da reconquista. "Não cabe a mim decidir de quem é a Crimeia", disse.
O domínio russo sobre o território não é reconhecido pela maioria dos países. "Cada um acha que tem razão, acha que pode mais, o dado concreto é que o povo tá morrendo. E só tem um jeito, é parar para fazer o acordo", concluiu o presidente.
