POLÍTICA INTERNACIONAL
Lula diz que decisão da guerra na Ucrânia 'foi tomada por dois países’
Afirmações irritaram presidente ucraniano, que pediu diálogo “olhos nos olhos” com o Brasil
Por Da Redação
De passagem pelos Emirados Árabes Unidos após sua viagem à China, o presidente Lula (PT) voltou a afirmar que Rússia e Ucrânia são os responsáveis pela guerra no leste europeu. A declaração aconteceu numa coletiva de imprensa neste domingo, 16, no país árabe.
O presidente defendeu novamente a criação de um grupo com países que não se envolveram com o conflito para dialogar com a Rússia, a Ucrânia, os Estados Unidos e a União Europeia, em benefício da paz.
“Eu penso que a construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”, declarou Lula
O petista disse que Vladmir Putin (Russia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) são responsáveis e também culpou os americanos e os europeus pelo estímulo ao conflito.
“O presidente Putin não toma a iniciativa de parar. O Zelensky não toma a iniciativa de parar. A Europa e os Estados Unidos terminam dando contribuição à continuidade dessa guerra. Acho que nós temos que sentar numa mesa e dizer chega, vamos conversar, porque a guerra nunca trouxe e nunca trará benefícios”, disse o presidente brasileiro.
O ucraniano Zelensky já se demonstrou descontentamento com as declarações de Lula e disse que quer um diálogo “olhos nos olhos” com o Brasil. Para ele, a opinião do presidente brasileiro tenta “distorcer a verdade”, e aponta a Rússia como única responsável pelo conflito.
Na Assembleia Geral das Nações Unidas, o Brasil assinou uma resolução condenatória à Rússia, movimento que dividiu especialistas por, supostamente, romper o caráter neutro da diplomacia do Itamaraty.
De acordo com a reportagem da Carta Capital, a proposta do governo brasileiro em montar um grupo da paz já foi apresentada pessoalmente a diferentes líderes internacionais, como Xi Jinping e Joe Biden. O governo Lula também já propôs um plano de paz para a questão, mas o projeto foi rejeitado pela Ucrânia. O governo da França, de Emmanuel Macron, demonstrou apoio ao Brasil.
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