CPI DO 8/1
Mauro Cid adota silêncio durante CPI dos Atos Golpistas
Tenente-coronel disse não haver vínculo pessoal entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Atos Golpistas, na manhã desta terça-feira, 11, uniformizado e acompanhado de uma forte escolta. Frente a frente com deputados federais, o militar afirmou que se manteria em silêncio.
“Por todo o exposto, sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por esta CPI, considerando a minha inequívoca condição de investigado, orientação da minha defesa e, com base na ordem do Habeas Corpus 229323 concedido ao meu favor pelo Supremo Tribunal Federal, farei uso ao meu direito constitucional ao silêncio”, disse Cid.
No raro momento em que se manifestou, Mauro Cid aproveitou para negar que possui qualquer tipo de relação pessoal com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Minha nomeação jamais teve qualquer ingerência política. Minha vinculação administrativa era estabelecida pelo Gabinete de Segurança Institucional [GSI]. Para conhecimento de vossas excelências, o ajudante de ordens é a única função de assessoria próximo ao presidente que não é objeto de sua própria escolha, sendo de responsabilidade das Forças Armadas selecionar e designar os militares", afirmou o tenente-coronel.
É esperado que Cid preste informações sobre trocas de mensagens com conteúdo golpista com o coronel Jean Lawand, uma minuta golpistas de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o passo a passo para um golpe de Estado que manteria Bolsonaro no poder. As informações fazem parte de um relatório de 66 páginas produzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.
Cid está preso desde o dia 3 de maio sob acusação de participar de esquema de fraude no Ministério da Saúde por inserir dados falsos em cartões de vacina de membros da família dele e da família do ex-presidente Bolsonaro. Ele também é investigado por envolvimento no caso das joias dadas ao então presidente Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita.
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