CONFUSÕES EM BRASÍLIA
Michelle tratava mal os funcionários do Palácio da Alvorada, diz site
Reportagem aponta rompantes da ex-primeira-dama com funcionários e relação conflituosa com filhos de Bolsonaro
Por Da Redação
Baseado em entrevistas com funcionários do Palácio da Alvorada, incluindo militares, e gravações de áudio o site Metrópoles em uma reportagem publicada nesta sexta-feira, 3, detalhou confusões, relatos de assédio moral e de transações financeiras suspeitas na residência oficial da Presidência da República durante o período que a família Bolsonaro habitou o espaço.
Dentre as denúncias, há a que descreve a forma como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tratava os funcionários que trabalhavam diretamente com ela, destratando-os e fazendo com que alguns deles pedissem para mudar de cargo.
Além disso, o pastor Francisco de Assis Castelo Branco, escolhido por Michelle para coordenar os trabalhadores que cuidavam dos cuidados do dia a dia do Alvorada, é apontado em relatos de assédio moral, no qual o pastor ameaçava os funcionários a suspensão do lanche como forma de punição. Os empregados, segunda a reportagem, chamavam o homem de confiança da ex-primeira-dama de “pastor-capeta”.
Além disso, nos últimos dias do governo Bolsonaro, o pastor, além de um grupo restrito de outros funcionários, esteve envolvido no “desaparecimento” de carnes nobres, como peças de picanha e filé mignon, por exemplo, e fardos de camarão e bacalhau da despensa do Alvorada, conforme contam os entrevistados.
A reportagem traz ainda a história de um ataque de fúria do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele estava com uma visita no Palácio, quando resolveu mostrar a adega do local. Chegando lá, encontrou a porta do espaço fechada. Pediu então a um funcionário que abrisse a adega e, para a sua surpresa, ouviu do trabalhador que Michelle Bolsonaro desautorizou o cômodo ser aberto para qualquer pessoa. O ex-chefe do Executivo, então, arrombou a porta, paga com dinheiro público, a pontapés.
De acordo com o que diz o staff da residência oficial do presidente, o que motivou a ex-primeira-dama a ordenar o fechamento da adegam foi o fato de o filho do presidente Jair Renan visitar corriqueiramente o local para levar garrafas de bebida.
O filho 04 e o vereador Carlos Bolsonaro, o 02, aparecem nos relatos de alguns episódios de brigas com Michelle.
Um desses casos aconteceu horas antes do último debate antes da votação do segundo turno das eleições de 2022. Carlos Bolsonaro foi ao Alvorada, mas foi barrado de entrar no imóvel por ordens de Michelle. Ele deixou o local então, chorando e gritando.
Segundo os funcionários, o então presidente se queixava com frequência durante conversa com o pessoal que trabalhava na cozinha da forma como a sua esposa tratava os seus filhos dos casamentos anteriores e reclamava da presença constante da família da ex-primeira-dama no Alvorada.
Com o 04, a confusão chegou a quase uma pancadaria, segundo a reportagem, quando Michelle proibiu os motoristas do Palácio de levar “marmitas” para Jair Renan preparadas na residência oficial e também, barrou o acesso dele a despensa do local.
Em resposta, o 04 procurou a ex-primeira-dama, que o enfrentou. Os seguranças, então, tiveram que segurá-lo pelo pescoço para frear o ataque de fúria do rapaz.
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