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Moraes só analisará relatório se PL apresentar dados do 1° turno

Segundo o PL, não há certeza quanto a confiabilidade das urnas eletrônicas

Publicado terça-feira, 22 de novembro de 2022 às 19:26 h | Atualizado em 22/11/2022, 19:36 | Autor: Da Redação
A decisão obriga o PL a afirmar se também questionará os resultados do primeiro turno das eleições
A decisão obriga o PL a afirmar se também questionará os resultados do primeiro turno das eleições -

Nesta terça-feira, 22, o partido do presidente Jair Bolsonaro apresentou pedido para invalidação de votos nas eleições da disputa presidencial, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrou que a sigla apresente dados que tenham o resultado do primeiro turno em até 24 horas.

Segundo Moraes, os mesmos equipamentos questionados pelo PL foram utilizados  nos dois turnos da eleição e, por isso, o questionamento sobre a funcionalidade das urnas também deve incluir o primeiro turno.

A decisão obriga o PL a afirmar se também questionará o primeiro turno das eleições, na qual o partido elegeu uma forte bancada para o Congresso, com nomes como Damares e Sérgio Moro, além de comprometer a vitória de aliados de Bolsonaro nos governos estaduais.

No primeiro turno, quando foram eleitos deputados e senadores, o PL elegeu 99 parlamentares. Segundo o PL, somente a urna modelo UE2020 das urnas conferiu um voto "auditável". Assim, os votos dariam vitória ao presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições. Ao total, 192 mil urnas do modelo recente foram usadas no segundo turno em um total de 472 mil equipamentos e uma eventual anulação excluiria votos dados a Lula.

"O resultado que objetivamente se apresenta atesta, neste espectro de certeza eleitoral impositivo ao pleito, 26.189.721 votos ao presidente Jair Messias Bolsonaro e 25.111.550 votos ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, resultando em 51,05% dos votos válidos para Bolsonaro, e 48,95% para Lula", defende o PL.

Apesar da contestação, a segurança das urnas já foi comprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por parte das Forças Armadas. Três missões internacionais de observação eleitoral também emitiram relatórios preliminares atestando a segurança das urnas eletrônicas, logo depois do primeiro turno.

Desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano, bolsonaristas têm contestado o resultado do pleito. Apoiadores de Bolsonaro fecharam estradas e fizeram protestos em frente aos quartéis pedindo uma "intervenção federal" ou "militar".

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