POLÍTICA
Moro critica Gilmar Mendes após insinuar venda de habeas corpus
Senador afirmou que ministro fez 'ofensas gratuitas' a ele
![Moro também não demonstrou arrependimento com a insinuação contra o ministro do STF](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1220000/1200x720/Artigo-Destaque_01227104_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1220000%2FArtigo-Destaque_01227104_00.webp%3Fxid%3D5797400%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721983356&xid=5797400)
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, alegando que o magistrado fez "ofensas gratuitas" contra ele. O embate acontece após viralizar um vídeo em que o ex-juiz da Lava Jato insinua que Mendes vende habeas corpus.
"Eu não tenho ofendido ninguém, eu tenho grande respeito pelo Supremo Tribunal Federal pelos ministros embora eu também tenha a minha liberdade de crítica como qualquer outra pessoa assim como elogio decisões também as crítico e me surpreendi quando ele veio aqui inclusive e deu declarações ofensivas em relação a minha pessoa", disse Moro em entrevista ao podcast Amarelas On Air, da revista Veja.
>> Moro busca apoios para evitar condenação e perda de mandato
O senador se refere a uma entrevista de Gilmar Mendes em que o ministro afirmou que uma das maiores contribuições do antigo governo de Jair Bolsonaro (PL) teria sido tirar Moro da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Moro também não demonstrou arrependimento com a insinuação contra o ministro do STF, negando se tratar de uma calúnia e apontando apenas como uma "brincadeira infeliz". O senador disse que eventualmente poderia se desculpar.
"Eu dei uma declaração infeliz. A gente pode, eventualmente, se desculpar é por ter dado uma declaração infeliz. Mas não se desculpar por ter caluniado ninguém. Porque eu não caluniei ninguém", afirmou.
Pedido de prisão
Por conta da declaração de Moro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o senador ao Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, a vice-procuradora Lindôra Maria Araujo afirmou que Moro estava “ciente da inveracidade de suas palavras” e pede que o senador seja condenado à prisão.
Moro está sendo acusado de calúnia e, caso a pena seja superior a quatro anos, pode perder o mandato como senador federal. A pena pelo crime de calúnia é de detenção de seis meses a dois anos, além de multa.
Em seguida, Moro rebateu a denúncia da PGR e o afirmou que pessoas que ele desconhece, “mas mal intencionadas, editaram fragmentos de uma fala, tiraram essas falas de contexto e publicaram na internet”. Diz ainda que a fala foi feita em um contexto de brincadeira e não representa o que ele pensa. No pronunciamento à imprensa, o parlamentar se disse indignado com a posição da PGR.
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