ABRIL VERMELHO
MST diz que ações em abril serviram para reabrir diálogo com o governo
De acordo com dirigente do MST, o governo federal deve lançar um plano de reforma agrária em maio
Por Da Redação
Segundo lideranças do MST, a mobilização nacional realizada neste mês de abril teve resultados positivos ao abrir o diálogo com o governo para discutir a reforma agrária. A Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária resultou na invasão de nove fazendas, incluindo uma propriedade da Embrapa, e de sedes do Incra em sete estados do país.
Em toda nossa história, só conseguimos conquistas com muita luta e este ano não foi diferente", destacou Ceres Hadich, da direção nacional do movimento, à colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo.
"Nossa impressão geral é de abertura do governo para atender nossa pauta, com o governo abrindo negociação e criando grupos de trabalho para atendê-la", complementa o dirigente.
Diversos órgãos, como o Incra e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), se reuniram com líderes do MST. Uma das ações resultantes foi a substituição dos comandos do Incra em 19 estados, além do Distrito Federal, em resposta às demandas da entidade para a exoneração de quadros ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As chefias de Minas Gerais, Amazonas, Alagoas, Tocantins, Rondônia, Roraima e Amapá permaneceram sem mudanças.
De acordo com Hadich, a Secretaria-Geral da Presidência e o MDA se comprometeram a lançar um plano de reforma agrária em maio, com metas, medidas e um cronograma. A dirigente também afirmou que o MST continua a apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo atual, a democracia e a luta pelo programa de mudanças sociais que foi eleito.
Além disso, o MST teve uma reunião com o Ministro da Educação, Camilo Santana, para discutir questões como o aumento do orçamento para a educação no campo, a retomada de obras de construção de escolas que foram paralisadas nos últimos anos e o desenvolvimento de uma política de alfabetização de jovens e adultos em áreas rurais. Segundo a entidade, Camilo sugeriu a formação de grupos de trabalho para implementar as propostas.
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