EM UM SEGUNDO MANDATO DE BOLSONARO
‘Não sei se ele seguiria no cargo", diz Flávio sobre Guedes
Frequentemente, a gestão de Guedes é criticada por aliados do governo
Em um eventual segundo mandato de Jair Bolsonaro (PL), a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, não é certa. As dúvidas, que não são recentes, foram reacendidas pelo coordenador do comitê de campanha à reeleição do governo, senador e filho do presidente, Flavio Bolsonaro (PL-RJ).
Frequentemente, a gestão do ministro é criticada por não ter entregado as prometidas privatizações de estatais, pela dificuldade de crescimento e pelo aumento do desemprego.
Para Flávio, “as orientações” de Guedes na política econômica foram positivas, mas o senador deixou claro que há um cardápio eleitoral que o ministro precisará seguir. Em um eventual segundo mandato, não há certeza da continuidade:
"Ele (Guedes) tem o senso de responsabilidade de buscar o meio-termo para que a política econômica não degringole o Brasil de vez, a médio e longo prazo, mas sabe da importância, em ano eleitoral, de ter um remédio mais amargo para segurar a inflação, reduzir o preço do dólar e gerar mais emprego.", explicou Flávio, em conversa com o jornal O Globo.
"Eu não sei se ele seguiria no cargo em um segundo governo. É cansativo, depende da disposição dele. Se ele quiser continuar dando sua contribuição, o presidente Bolsonaro vai indiscutivelmente topar na hora, mas não sabemos os planos pessoais dele.", completou o senador.
Em conversas reservadas, Guedes já disse que, em caso de vitória de Bolsonaro em 2022, ele não descarta deixar o governo ou mesmo migrar de pasta. Os desgastes provocados por embates com o chefe e colegas do Executivo são crescentes.
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