DELAÇÃO PREMIADA
Ordem para falsificar carteira de vacinação foi de Bolsonaro, diz Cid
Militar também confessou à Polícia Federal (PF) a sua participação na realização das fraudes da vacina
Em delação premiada, o ex-ajudante do governo Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid revelou que a ordem para confeccionar os certificados falsos de vacinação da Covid-19 foi determinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são da coluna Aguirre Talento.
Durante depoimento à Polícia Federal, o militar também confessou a sua participação na realização das fraudes nos certificados de vacinas publicados no sistema do Ministério de Saúde, em 21 de dezembro de 2022, conforme revelou o colunista.
Apesar das declarações de Cid, o advogado e ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten negou as acusações. A defesa alega que o ex-mandatário "não necessitava de comprovante de vacina" para fazer a sua estadia nos Estados Unidos, em dezembro.
"Eu garanto que o presidente nunca pediu nem pra ele, nem para a filha dele. Até porque o mundo inteiro conhece a posição dele sobre as vacinas, e o visto dele, como presidente da República, não necessitava de comprovante de vacina. A filha menor de idade também não tinha necessidade, razão pela qual não fez qualquer pedido ao tenente-coronel Mauro Cid sobre os certificados", afirmou.
Em maio deste ano, quando prestou depoimento à PF, Bolsonaro afirmou que não conhecia nem orientou fraudes em cartão de vacinação para seu uso ou de familiares.
O colunista aponta ainda que o ex-ajudante de ordens emitiu os certificados de vacinação para Bolsonaro e sua filha no dia 22 de dezembro, às 8h. A apuração dos agentes de segurança analisa se foram esses os documentos impressos pelo militar e entregue em mãos ao ex-presidente.
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