BRASIL
PF diz que Bolsonaro mentiu sobre ter guardado joias em fazenda
Kit que estariam em propriedade do ex-piloto de F1 foi destinado aos EUA
Por Da Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro teria mentido para os investigadores sobre ter mantido um dos kits apresentados pelo governo da Arábia Saudita em uma fazenda do ex-piloto de F1 Nelson Piquet, conforme indicou o relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou Bolsonaro e outros 11 aliados pelo caso das joias. As informações são do O Globo.
Em depoimento, em abril do ano passado, o ex-presidente disse nunca ter ficado em posse das joias e que, ao deixar o Brasil no final de seu mandato para não entregar a faixa presidencial para Lula , não levou os itens em questão para os Estados Unidos.
Bolsonaro ainda declarou que o kit da grife Chopard foi retirado ao seu estoque presidencial armazenado em uma fazenda de Piquet no Lago Sul, área nobre da capital federal.
O ex-piloto foi o maior doador da campanha do então presidente e candidato à reeleição entre as pessoas físicas após repassar a cifra de R$ 501 mil.
No entanto, a PF conseguiu provar que o kit ouro rosé foi levado para a Flórida no avião presidencial. Em solo americano, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid levou os itens à sede da Fortuna Action House, empresa especializada em leilões de joias, em Nova York . Elas foram submetidas ao referendo em fevereiro do ano passado, mas não foram arrematadas.
O kit ainda foi destinado ao acervo presidencial com a ajuda do então chefe do Gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República , Marcelo Vieira, um dos 11 aliados de Bolsonaro indiciados pela PF.
Os itens entraram no Brasil sem sobressaltos, ao contrário do primeiro kit feminino da Chopard revelado pelo jornal Estado de S. Paulo, que foi apreendido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no retorno da comitiva presidencial ao Brasil de um périplo pelo Oriente Médio que incluiu a Arábia Saudita em outubro de 2021.
A defesa de Bolsonaro disse que o ex-presidente “em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens” que pudessem ser considerados públicos.
A defesa ainda manifestou “completa indignação” com a informação do relatório da PF de que o ex-presidente teria tentado beneficiar-se de bens cujos valores alcançariam R$ 25 milhões, um número que “somente após enorme e danosa repercussão midiática foi retificado pela Polícia Federal".
Após a correção, a PF informou que o esquema desviou bens que somam R$ 6,8 milhões.
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