INDESEJADO
Políticos europeus pressionam para que Bolsonaro não vá para a Itália
Deputados italianos e do Parlamento Europeu se articulam para evitar que ex-presidente se mude para a Itália
Por Da Redação
Embaixadores europeus temem que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se mude com a sua família para a Itália, país que atualmente é governado por um grupo de extrema direita. O temor se dá pela reação que líderes europeus podem ter com o desembarque de Bolsonaro no continente. A informação é do colunista do UOL Jamil Chade.
Deputados do Parlamento Europeu tentam colocar a tentativa de golpe de extremistas no país no domingo, 8, na pauta de discussão do Legislativo da União Europeia. A intenção dos parlamentares é apontar a gravidade do tema e o comportamento de Bolsonaro durante o mandato que contribuiu para que seus apoiadores partissem para a invasão às sedes dos três Poderes. Um dos caminhos possíveis seria o de propor uma moção de censura contra o ex-presidente brasileiro.
Angelo Bonelli, deputado do partido Verdi e Esquerda tem cobrado do governo italiano um posicionamento a respeito do pedido de cidadania feito pela família Bolsonaro e diante da possibilidade de o ex-chefe do Executivo brasileiro usar o país como local de fuga caso seja condenado pela Justiça, voltou a discutir o assunto no Parlamento Europeu. Bonelli já começou a preparar um abaixo assinado entre os colegas deputados contra a possibilidade de Bolsonaro se tornar cidadão italiano.
O ministro das Relações Exteriores e vice-primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, em resposta a Bonelli durante entrevista a uma rádio italiana apontou que Bolsonaro nunca pediu cidadania no país. "Existem leis que a autorizam e existem pessoas que têm o direito de se tornarem cidadãos italianos se o pedirem", argumentou.
Ainda de acordo com o colunista em apuração com o Ministério da Justiça italiano, mesmo que o ex-presidente e a família consigam a cidadania do país europeu, ainda poderiam ser extraditados para o Brasil caso fosse necessário. O acordo prevê a extradição porque não é vinculado com a constituição (diferente do Brasil onde o artigo 5 nega a extradição do próprio cidadão)”.
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