À SENADORES
Prefeitos confirmam pedido de propina em "balcão" do MEC
Indícios de corrupção na liberação de recursos levaram a exoneração de Milton Ribeiro
Por Da Redação
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado realizou, nesta terça-feira (5), uma audiência para ouvir prefeitos que apontaram as irregularidades nas negociações para distribuição de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os gestores foram convidados confirmarem indícios da existência de um balcão de negócios para a distribuição de recursos no âmbito deste mesmo Fundo.
Em depoimentos, pelo menos dois prefeitos - Gilberto Braga (PSDB), de Luis Domingues (MA) e José Manoel de Souza (PP), de Boa Esperança do Sul (SP) - confirmaram evidências de tráfico de influência nessa ordenação.
Enquanto o tucano afirmou que um dos pastores cobrou "um quilo de ouro" em um restaurante de Brasília, o pepista disse que a liberação de recursos para uma escola profissionalizante foi condicionada ao adiantamento de R$ 40 mil "na conta da igreja evangélica".
Os pastores citados são Arílton Moura e Gilmar Santos, que não tinham nenhuma conexão com o Ministério da Educação, mas eram próximos ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
A crise ganhou novas proporções com a divulgação de um áudio no qual o então titular da pasta, Milton Ribeiro, afirma que prioriza amigos e indicações do pastor Gilmar Santos, a pedido de Bolsonaro.
Ele ainda indicou haver uma contrapartida supostamente direcionada à construção de igrejas. Milton Ribeiro acabou exonerado do cargo em 28 de março.
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