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17/10/2023 às 9:00 - há XX semanas | Autor: Da Redação

POLITICA

Relatório da CPI do 8/1 deve mirar em militares e papel de Bolsonaro

O ex-ministro Anderson Torres e ex-diretor da PRF Silvinei Vasques também estarão inclusos

Relatora da CPMI dos atos golpistas
Relatora da CPMI dos atos golpistas -

Com apresentação prevista para esta terça-feira, 17, o relatório da CPI do 8 de janeiro deve mirar no militares e apontar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques nos ataques às sedes dos três Poderes. As informações são da Folha de S.Paulo.

Parlamentares governistas apontam que Bolsonaro participou de ações que culminaram no ataque. Essa conclusão seria possível pelo depoimento do programador Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, e pela delação premiada de seu principal ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.

A CPI também deve mirar em militares e sugerir que fiquem afastados da política, seja quando quiserem se candidatar ou assumir algum cargo no governo federal. "Nós ouvimos as mais diferentes patentes aqui nesta comissão, é natural que no nosso relatório nós também tenhamos indiciamentos", disse a relatora, a senadora Eliziane Gama, nesta segunda-feira, 16.

Do outro lado, a oposição trabalha em dois relatórios paralelos para reforçar a tese de que o governo Lula poderia ter evitado os ataques contra os Poderes. O principal relatório da oposição, no entanto, vai pedir a responsabilização do próprio presidente Lula, além de GDias, Dino, do ex-interventor e número dois do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, e do ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Saulo Moura.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também vai defender o indiciamento de Dino e GDias em um relatório feito individualmente. "O principal é a omissão do governo federal. Colhemos provas para mostrar que o governo federal poderia ter evitado tudo isso", afirma.

A CPI do 8/1 funcionou durante cinco meses e sofreu revezes com ações do STF, como a suspensão da quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Silvinei Vasques e permissão para que depoentes ficassem em silêncio.

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