COBROU
Renan Calheiros tenta impedir processo de venda da Brasken
Senador quer que empresa acerte dívida com Maceió por desastre ambiental antes de ser vendida
Por Da Redação
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) sugeriu algo que pode complicar ainda mais o processo de venda já tumultuado da Braskem (BRKM5). Em um discurso no Senado na quarta-feira (29), o senador exigiu que a empresa pague sua dívida com Maceió antes de ser vendida. Em 2018, a empresa causou um desastre ambiental na capital de Alagoas, quando a extração de sal-gema resultou no colapso do solo.
“Preliminarmente, antes de qualquer coisa, antes de qualquer negociação envolvendo a Braskem – venda ou ampliação do capital da Petrobras – passamos primeiro pela necessidade da Braskem e da Petrobras em seguida honrarem o contrato social que assumiram com o Estado de Alagoas,” discursou Renan e emendou: “Não dá para autorizarmos do ponto de vista deste Senado que se permita resolver o problema da Braskem sem que primeiro a Braskem pague a dívida com o Estado de Alagoas e a prefeitura de Maceió”.
A Braskem já desembolsou R$ 2,7 bilhões em multas e compensações relacionadas ao que sua demonstração financeira chamou de "evento geológico" em 2021, além de ter pago mais R$ 2,5 bilhões no ano anterior. Ademais, a empresa ainda possui provisões de R$ 6,6 bilhões associadas ao mencionado evento.
O parlamentar apontou ainda que “a Petrobras, acionista, também tem responsabilidade,” sobre o desastre.
“Só para se ter uma ideia desse desastre brasileiro, a tragédia de Brumadinho atingiu 2,4 mil pessoas. O desastre geológico de Maceió impactou 200 mil pessoas. Os efeitos econômicos e sociais transcendem as áreas mais atingidas. Eles afetaram todo o estado de Alagoas. Antes que se imponha uma nova realidade acionária da Braskem, é preciso que essa empresa, sua nova controladora e mesmo a Petrobras assinem um contrato social com Alagoas e os alagoanos para honrar compromissos, além das indenizações já em andamento por demandas judiciais ou não. Se o solo cedeu pela irresponsabilidade, nós não cederemos”, defendeu Renan.
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