Rui Costa diz que governo pode ter cerca de 35 pastas

O futuro ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, atual governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse nesta segunda-feira, 12, que a equipe da futura gestão trabalha com uma Esplanada dos Ministérios com cerca de 35 pastas.

Uma das novidades, disse o baiano, é desmembramento do atual Ministério da Economia. A partir disso, o Ministério do Planejamento, que deixaria a Economia, cuidaria da parte orçamentária, do Plano Plurianual e da construção de projetos estratégicos para o país. Ao passo que seria criado um órgão para cuidar da gestão do governo federal, englobando tarefas como recursos humanos e governo digital.

"É uma das discussões. Justamente buscando possibilitar que o país faça planejamento. Porque fica um ministério grande que a máquina termina absorvendo ao cotidiano da máquina, absorvendo as ações de governo, e o governo não se planeja no curto, no médio nem no longo prazo", destacou Rui Costa a jornalistas ao deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

"O plano plurianual não pode se pretender a ser apenas de um governo, tem de começar a pensar como Estado. Planejar como Estado brasileiro", disse o baiano e emendou: "Se você olhar qualquer país europeu ou qualquer país asiático, os Estados Unidos, a área muito forte de governo é planejamento".

Bancos públicos

Rui contou ainda que os bancos públicos federais ficarão subordinados ao Ministério da Fazenda, que voltará a existir com o desmembramento da Economia em três pastas. Com isso, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia estarão sob a responsabilidade do futuro ministro Fernando Haddad (PT). O BNDES deve ser a exceção.

“A tendência é que o BNDES volte ao Ministério da Indústria e Comércio (Mdic). Acho que é importante. Onde quer que ele esteja vai ser um ator importante da política de governo e irá reportar diretamente à presidência da República”, apontou o atual governador baiano.