TRAGÉDIA GAÚCHA
Rui Costa e Lula criticam manutenção de comportas no Rio Grande do Sul
Em reunião fechada com Lula e demais ministros, Rui apontou erro das gestões locais
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), apontou, durante reunião fechada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e demais ministros do governo nesta segunda-feira, 13, que falhas na manutenção no sistema de comportas no Rio Grande do Sul foram responsáveis pelos graves efeitos da chuva no estado durante os últimos dias.
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, Rui teria argumentado que o sistema de combate às cheias em Porto Alegre não funcionou da forma que deveria. Das 23 comportas que o compõem, apenas uma teria realmente funcionado. Segundo o ministro, caso os equipamentos estivessem em bom estado, a tragédia teria sido menor.
O próprio Lula já havia falado disso em outra oportunidade, quando ele afirmou que a responsabilidade pela tragédia não era apenas das chuvas, mas também da falta de manutenção no sistema de comportas, administrado pela prefeitura de Porto Alegre, do prefeito Sebastião Melo (MDB).
"Esse fenômeno que aconteceu, sabe, me parece que não foi só o fenômeno da chuva, me parece que tem o fenômeno também das pessoas que não cuidaram das comportas que deveriam ter cuidado há muito tempo", disse Lula.
"Mas tudo isso é um problema a ser resolvido daqui para frente. E nós vamos tentar apresentar a nossa contribuição ao povo do Rio Grande do Sul, inclusive apresentando uma discussão nacional sobre a questão de resolver definitivamente as enchentes na cidade de Porto Alegre e na região metropolitana", acrescentou o presidente da República.
Reconstrução
Durante a reunião com a equipe ministerial de Lula, Rui também afirmou que o governo federal deve contratar um estudo para avaliar, entre outras coisas, a possibilidade de construir um canal de escoamento no Rio Grande do Sul.
Outra possibilidade ventilada por Rui na reunião foi a compra, por parte do governo federal, de imóveis que estejam em construção no Rio Grande do Sul e em áreas não atingidas pelas enchentes. A ideia é oferecê-los no âmbito do programa “Minha Casa Minha Vida”, de forma subsidiada, para os moradores do estado que perderam suas casas na tragédia.
Segundo o ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda, além da suspensão da dívida gaúcha com a União, o governo federal deverá encaminhar para o Rio Grande do Sul uma soma de R$ 23 bilhões nos próximos três anos, voltada para a reconstrução do estado.
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