TERRORISMO
Sabotadores provocaram queda das torres de energia da Eletrobras
As duas torres de energias foram derrubadas horas após o atentado terrorista em Brasília
Corte dos cabos de sustentação das duas torres de transmissão do sistema Eletrobras, que caíram horas após os atos de terrorrismo em Brasília, tem indícios de sabotamento, é o que aponta fontes com conhecimento técnico ao Jornal Folha de São Paulo.
A Polícia Federal investiga se a queda das torres estão relacionadas aos atos de vandalismos praticados pelos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro na sede dos Três Poderes.
As torres derrubadas foram do sistemas da Eletronorte (Rondônia), na noite de domingo em seguida a do sistema de Furnas (no Paraná), na madrugada de segunda-feira. Não houve registo de falta de fornecimento de energia graças aos esquemas alternativos que foram acionados.
Uma terceira torre, do grupo Evoltz, em linha que vai de Rondônia a São Paulo (Complexo Madeira), também foi derrubada na madrugada de segunda-feira, com indícios de sabotagem pelo corte dos estais.
"Foram encontradas evidências de sabotagem", disse uma fonte ao Folha, que optou pelo anonimato.
"Na linha do Paraná foram encontrados fios cortados, num sinal de vandalismo", disse uma segunda fonte também em condição de sigilo. "Houve corte de estais ou soltura de parafusos".
Elas explicaram que as torres derrubadas, do tipo estaiadas (fixadas por cabos), são menos comuns no sistema brasileiro de transmissão, que conta mais com as chamadas autoportantes, fixas no solo.
Procurada, a Eletrobras não comentou o assunto imediatamente.
Ainda de acordo com os especialistas, a linha do Paraná foi normalizada na manhã desta sexta-feira, enquanto a linha da Eletronorte, em Rondônia, havia sido reativada na quarta-feira. A torre do Complexo do Madeira deve voltar a operar ainda nesta sexta-feira.
No caso paranaense, documento publicado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também apontou avarias em três outras torres do empreendimento, além dos indícios de "sabotagem" ou "vandalismo". Leia a nota da empresa:
A transmissora de energia Taesa informou nesta sexta-feira, 13, que uma de suas torres de transmissão em Rio das Pedras, no interior de São Paulo, sofreu danos após um ato de sabotagem na véspera, e que o fato foi reportado à reguladora Aneel e ao Ministério de Minas e Energia.
A empresa pontuou ainda que "os danos provocados não resultaram em interrupção da prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica".
A Taesa não detalhou o que foi danificado. O ativo atacado foi concedido à Taesa, na linha de Assis a Sumaré. "As equipes da Taesa estão atuando na recomposição do ativo, com o objetivo de evitar outros danos", acrescentou a empresa.
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