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Saiba quem é Lucinha, deputada apontada como madrinha de milícia no RJ
Em outubro de 2023, a deputada estadual foi sequestrada em um sítio
Por Da Redação
Sequestrada no dia 1º de outubro deste ano em um sítio, a deputada estadual do Rio pelo quarto mandato, Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD), de 63 anos, tem uma vida ativa nas redes sociais.
Alvo da operação da Polícia Federal (PF), que acusa a deputada de ter relação com a milícia do Rio, Lucinha compartilhou um vídeo da “caravana de Natal”.
Além de ser depurada, ela é presidente da CPI dos trens e cria da Zona Oeste, como ela mesmo denomina aos mais de 10 mil seguidores no Instagram.
“Fazer a alegria das crianças da nossa região é um prazer, junto da minha equipe e do meu filho”. O filho que a deputada menciona é o vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Tadeu Amorim de Barros Junior, conhecido como Junior da Lucinha, Secretário do Envelhecimento Saudável.
Trajetória política
Segundo a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Lucinha começou sua vida pública como ativista do Movimento Popular Organizado na década de 80. Em 1981, foi uma das fundadoras o Partido Democrático Trabalhista (PDT-RJ).
Se candidatou pela primeira vez em 1992, à Câmara de Vereadores do Rio. Só conseguiu se eleger na outra eleição, em 1996, e se reelegeu em 2000. Nas eleições de 2008, ela foi a vereadora mais votada da cidade do Rio de Janeiro, com 68.799 votos.
Em 2011, Lucinha tomou posse como Deputada Estadual pela primeira vez, sendo a candidata mais votada do PSDB para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Nas eleições de 2022, Lucinha foi 26ª deputada mais votada dos 70 parlamentares eleitos para Alerj. A parlamentar obteve 60.387 votos.
Sequestro
No dia primeiro de outubro de 2023, a deputada estadual Lucinha foi sequestrada em um sítio na zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. A parlamentar foi abordada por homens armados que estavam em fuga e a levaram em um carro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para a comunidade Vila Kennedy.
Três homens armados fugiam da comunidade Piegas e entraram no sítio onde a deputada e sua equipe estavam desmontando a organização de uma festa de aniversário de 63 anos da parlamentar, que foi cancelada devido à chuva.
Durante a abordagem, os criminosos identificaram um dos seguranças da parlamentar como policial militar, chegando a ameaçá-lo de morte, segundo as investigações.
A deputada teria conversado com os bandidos, que exigiram um carro para deixarem o local. Lucinha foi colocada dentro do veículo e acompanhou os bandidos até a Vila Kennedy, onde foi deixada.
O caso
A Polícia Federal e o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ) atuam na manhã desta segunda-feira, 18, visando apurar a participação e a articulação política desempenhada pela deputada estadual Lucinha em benefício de milícia que atua na zona oeste do Rio de Janeiro.
Fontes da PF ouvidas pela CNN dizem que a deputada é o “braço político da milícia do Zinho”, uma das mais poderosas e violentas do Rio e com forte atuação na região populosa de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da capital fluminense. Zinho está foragido acusado de vários crimes violentos.
Por conta desse laço, segundo a força-tarefa, Lucinha é chamada de “madrinha” pelos paramilitares de Zinho, pelas facilitações e auxílios ao grupo. A assessora da deputada também é apontada como integrante do grupo.
Segundo investigadores, há forte articulação política junto aos órgãos públicos para atender os interesses do grupo miliciano.
A Justiça do Rio determinou que a parlamentar seja afastada do cargo e seja proibida de manter contato com determinados agentes públicos. Ela também fica proibida de visitar a Alerj.
A CNN tenta contato com a parlamentar.
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