RECLAMOU
Sérgio Moro critica possibilidade de Lula indicar Zanin para o STF
Cristiano Zanin é advogado do presidente e o defendeu durante a Operação Lava-Jato
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) usou suas redes sociais para questionar a indicação do advogado Cristiano Zanin para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando falta de "impessoalidade" na escolha. Zanin atuou na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Operação Lava-Jato, enquanto Moro atuava como juiz responsável pelo caso e condenou Lula.
“Um bom resumo do Governo Lula até aqui: ataque à lei das estatais para loteamento político, esposas de ministros nos Tribunais de Contas e o desejo de ter o advogado e amigo pessoal no STF. Onde está a impessoalidade? Como fica a independência das instituições? Estaremos de olho”, afirmou.
Um bom resumo do Governo Lula até aqui: ataque à lei das estatais para loteamento político, esposas de ministros nos Tribunais de Contas e o desejo de ter o advogado e amigo pessoal no STF. Onde está a impessoalidade? Como fica a independência das instituições?Estaremos de olho. https://t.co/wK0PvEwcSb
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 12, 2023
Zanin é um dos nomes cotados para substituir o ministro Ricardo Lewandowski no STF. A indicação de juízes para o STF é uma atribuição do presidente da República e passa por um processo de aprovação pelo Senado Federal.
Em março de 2021, por maioria, a Segunda Turma do STF declarou a parcialidade de Moro no julgamento da ação penal referente ao triplex do Guarujá, que resultou na condenação do presidente Lula. O STF considerou que Moro agiu de forma parcial ao condenar o petista na Lava Jato, o que poderia colocar em xeque outros processos da operação.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, destacou que "República e impessoalidade não combinam com nenhum tipo de favorecimento pessoal". A decisão do STF gerou repercussão política e jurídica no país, com defensores da Lava-Jato argumentando que a decisão foi equivocada e críticos destacando a importância da independência do Judiciário e da imparcialidade dos juízes em julgamentos.
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