USO ILEGAL
Servidores da Abin são presos em operação da Polícia Federal; entenda
São cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão
Servidores da Abin (Agência Brasileira de Investigação) são alvos de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira, 20, que apura o uso irregular de um sistema secreto de monitoramento da agência para monitorar a geolocalização de celulares).
Na operação desta sexta são cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
De acordo com a investigação, servidores usaram sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial. Foram presos dois servidores que, por terem conhecimento do suposto esquema, coagiram colegas para evitar uma possível demissão.
Segundo os investigadores, há indícios de que o uso do sistema se intensificou nos últimos anos do governo Bolsonaro para monitorar ilegalmente servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes e integrantes do STF. O g1 aponta que as irregularidades aconteceram durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando a Abin era presidida pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Além dos mandados de prisão, Moraes determinou o afastamento do cargo de diretores atuais da Abin que já estavam nos postos no governo Bolsonaro e foram mantidos no governo Lula. Com um deles, a PF apreendeu grande quantidade de dólares;
Além disso, cerca de 20 pessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos em depoimentos simultâneos.
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