FINANCIAMENTO SINDICAL
Sindicatos dizem a Lula que não querem volta de imposto
Grupo de sindicatos ainda defendeu para Lula uma nova política de valorização do salário-mínimo
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e representantes de centrais sindicais discutiram nesta quinta-feira, 1º, formas de financiamento de sindicatos alternativas à volta da obrigatoriedade do imposto sindical, que se tornou opcional na reforma trabalhista de 2017. Os líderes sindicalistas reforçaram ao petista que não defendem a volta do tributo.
De acordo com Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em entrevista após a reunião, ficou claro que as centrais não querem a revogação da reforma sindical. “Nós não queremos imposto sindical, mas repactuar alguns temas”, disse ele, citando trabalho intermitente como um exemplo.
“É consenso, unanimidade, não vai voltar mais o imposto sindical. Não volta”, apontou o representante sindical, que destacou ainda que quem vai financiar o movimento sindical são os trabalhadores, que vão definir modelagem e valores em assembleia.
Quanto ao salário-mínimo, Patha afirma que uma das políticas mais importantes para o começo do ano de 2023 é a retomada de uma política de reposição do mínimo "Não há dúvidas que o salário-mínimo logo deste ano não vai dar para ser aquele valor que nós gostaríamos, mas vai ter uma política que em alguns anos vamos recuperar um dos instrumentos de distribuição de renda que é o salário-mínimo", disse.
Participaram do encontro, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, as seis maiores centrais sindicais do país: CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB – além de outras entidades que representam trabalhadores.
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