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Tâmara teme risco de PSOL se isolar se não fizer parte do governo Lula

Candidata a senadora esse ano rebateu Sâmia Bonfim, que se posiciona contra adesão ao PT

Publicado segunda-feira, 05 de dezembro de 2022 às 12:34 h | Atualizado em 05/12/2022, 14:12 | Autor: Da Redação
"Não adianta querer isolar o PSOL como uma estrela única na esquerda brasileira em um momento como esse", disse Tâmara Azevedo
"Não adianta querer isolar o PSOL como uma estrela única na esquerda brasileira em um momento como esse", disse Tâmara Azevedo -

Integrante do diretório nacional do PSOL, Tâmara Azevedo negou que o partido já tenha fechado maioria pela decisão de não compor o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de 2023.

Candidata do partido ao Senado na Bahia este ano com cerca de 120 mil votos recebidos, a psolista se manifestou após entrevista concedida pela correligionária Sâmia Bonfim (PSOL-RJ), deputada federal e líder da legenda na Câmara.

Sâmia se antecipou e confirmou que a maioria dos membros do PSOL são contra a adesão da sigla ao governo eleito, mesmo o partido fazendo parte da transição e tendo apoiado Lula desde o primeiro turno. 

"Não é verdade que já fechamos maioria e que o PSOL não fará parte do governo. Essa decisão é para o dia 17 de dezembro, ela está se antecipando e isso é um equívoco político", analisa Tâmara, que disse enxergar risco de o partido ficar isolado diante do cenário político polarizado e os desafios de reconstruir o país.

"Não adianta querer isolar o PSOL como uma estrela única na esquerda brasileira em um momento como esse. É preciso ter sensibilidade. Nós, da Revolução Solidária, não acreditamos neste tipo de postura isolacionista", complementa.

A Revolução Solidária é uma corrente do PSOL liderada pelo deputado federal eleito Guilherme Boulos (SP) e que compõe o campo majoritário do partido.

A outra corrente que tem como integrante a deputada Sâmia Bonfim, o Movimento Esquerda Socialista (MES), defendeu a candidatura própria do partido à presidência, representada por Gláuber Braga. A ala tem ainda a participação de Luciana Genro.

Para implementar políticas públicas no próximo governo, segundo Tâmara, poderá ser necessário formar uma base de sustentação forte junto ao governo eleito.

"O momento é de unidade para combater o fascismo no Brasil. Nós não podemos abrir mão do compromisso, da esperança depositada em nós através dos votos. Precisamos ajudar a reconstruir o país", disse.

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