MANCHA NA DEMOCRACIA
Valdemar Costa Neto: "nossa intenção é que se cumpra a lei"
Presidente do PL reafirma ter indícios de inconsistência em 279 mil urnas.
Por Alan Rodrigues
O presidente do partido liberal (PL), Valdemar Costa Neto, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, 23, para o pedido de "verificação extraordinária" de 279 mil urnas que, segundo auditoria contratada pela legenda, não poderiam ter seu resultado certificado. O descarte desses votos daria a vitória ao presidente Bolsonaro nas eleições.
Valdemar atendeu ao prazo estipulado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que concedeu 24 horas para que o partido apresentasse dados de inconsistência relativos ao primeiro turno. Acompanhado do advogado autor da ação junto à corte eleitoral, Marcelo Bessa, Valdemar negou que esteja contestando o resultado do pleito.
"Não discutimos eleições, discutimos a história do Brasil, disse o presidente do PL, que acrescentou: "Não podemos viver xcom o fantasma das eleições de 2022". Segundo o advogado, os dados do primeiro turno se encontram no pedido e só não foram conetstados antes devido ao atraso no recebimento do relatório.
O PL contratou uma assessoria técnica especializada que, segundo o partido, apontou inconsistências nas urnas fabricadas antes de 2020, o que impediria a certificação do resultado apurado. Segundo Valdemar Costa Neto, o descarte dos votos apurados nas máquinas supostamente defeituosas daria a vitória a Bolsonaro por 1 milhão e 78 mil votos.
A contestação apresentada pelo PL se baseia no artigo 51 da lei geral de eleições, na sua resolução 23.673/2021, segundo a qual se forem relatos fatos e apontados indícios de falha nas urnas, as memas devem ser desconsideradas. "Se isso for uma mancha na nossa democracia, isso tem que ser resolvido agora", diz Valdemar Costa Neto.
Primeiro turno
O advogado Marcelo Bessa explicou que o PL fez a opção pela verificação apenas do segundo turno porque "seria impossível que todos os atingidos se manifestassem", se referindo aos candidatos, eleitos ou não, que participarm da disputa pelos governos estaduais, assembleias legislativas, câmara e senado.
Segundo Bessa, caso seja constatado os erros, dos quais ele tem absoluta convicção com base no relatório, isso impediria a certificação do resultado e a investigação teria que se estender ao primeiro turno. Valdemar Costa Neto insistiu que não quer "colocar ninguém na poresidência". "Nossa intenção é que se cumpra a lei", diz Valdemar.
Sobre as manifestações bolsonaristas que cobram intervenção militar, Costa Neto afirmou que não concorda com abusos, mas que todos têm direito de se manifestar. Indagado sobre a declaração do presidente Hamilton Mourão, que disse que a representação não iria prosperar, Valdemar considera que ele deve ter se baseado na conduta do TSE durante as eleições.
"Ele viu como o TSE tratou o PL durante as eleições e todas as dificuldades criadas para a campanha do presidente Bolsonaro".
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