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Comissão formada por aliados de Bolsonaro deve fazer oposição a Dino

Ideia é manter viva a defesa das pautas armamentistas do governo Bolsonaro

Publicado domingo, 19 de março de 2023 às 08:37 h | Atualizado em 19/03/2023, 08:46 | Autor: Da Redação
Partido de Bolsonaro, emplacou Sanderson (PL-RS) para a presidência do colegiado e conseguiu barganhar vagas de outras siglas para lotear comissão com aliados do ex-chefe do Executivo
Partido de Bolsonaro, emplacou Sanderson (PL-RS) para a presidência do colegiado e conseguiu barganhar vagas de outras siglas para lotear comissão com aliados do ex-chefe do Executivo -

Uma Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, formada por aliados de Bolsonaro, deve ser anunciada em breve com o objetivo de ser uma forte frente de oposição e contraponto às políticas de segurança pública do governo Lula (PT), comandanda pelo ministro de JUstiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB). 

O objetivo da comissão vai ser pautar frequentemente temas para o eleitorado bolsonarista e mantendo acesa a defesa das pautas armamentistas que o ex-presidente privilegiou no governo. As informações são do UOL. 

Uma primeira reunião já foi realizada e os integrantes da comissão já protocolaram pelo menos 37 proposições. A maioria das propostas quer reverter o decreto que restringe o acesso a armas no país para CACs (caçadores, atiradores desportivos e colecionadores) e cidadãos comuns, planejado por Dino. 

De acordo com parlamentares existem partes do texto vistas como "excessivas". Um exemplo é a portaria que exige comprovação de necessidade para ter o porte de arma.

Existem ainda propostas apresentadas à comissão referentes aos atos golpistas de 8 de janeiro bem como à convocação de Dino e integrantes do Executivo, com a justificativa de esclarecer o papel do Palácio do Planalto no dia em que houve a invasão dos prédios dos três Poderes.

Com a criação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos atos ainda indefinida, há a ideia dos bolsonaristas fazerem da comissão uma espécie de investigação alternativa contra os governistas. Dos 34 membros, 22 já assinaram o pedido de inquérito no Congresso. O grupo pressiona o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para convocar uma sessão conjunta e ler o requerimento que segue com a instalação da CPMI.

O PL, partido de Bolsonaro, emplacou Sanderson (PL-RS) para ser o presidente do colegiado e conseguiu barganhar vagas de outras siglas para lotear a comissão com aliados do ex-chefe do Executivo. O deputado Sanderson apresentou o primeiro projeto do ano para reverter os decretos de Dino. A sigla tem direito a indicar sete integrantes para a comissão, porém existem já dez vagas. É bom lembrar que a bancada já conseguiu trocar três cadeiras com Solidariedade, PDT e União Brasil.

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