POLÍTICA
CPI da Covid ouve dono e diretora da Precisa Medicamentos
![Depoentes estão protegidos com habeas corpus e o direito de não se incriminar | Foto: Leopoldo Silva | Agência Senado](https://cdn.atarde.com.br/img/2021/07/1200x720/cpi-precisa-covaxin-maximiano-emanuela_20217149476629-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2F2021%2F07%2Fcpi-precisa-covaxin-maximiano-emanuela_20217149476629.jpg%3Fxid%3D4636322%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720352035&xid=4636322)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouve nesta quarta-feira, 14, o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e a diretora-executiva da empresa, Emanuela Medrades. A empresa é investigada por irregularidades na compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde. A Precisa foi a intermediária do negócio (confira o link ao vivo abaixo).
O Ministério da Saúde comprou o imunizante indiano por R$ 1,6 bilhão, valor que foi empanhado. A Precisa solicitou um adiantamento milionário para Madison Biotech, com sede em Cingapura, que não foi concretizado devido ao servidor Luís Ricardo Miranda, que já depôs na CPI.
A negociação com supostas irregularidades motivou a abertura de uma inquérito da Polícia Federal para apurar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu o crime de prevaricação. O chefe de estado foi alertado pelo servidor do Ministério da Saúde e seu irmão, o deputado federal Luís Miranda, mas nada fez, como ele próprio admitiu.
O dono da Precisa, Maximiano tem sob investigação vários negócios com órgãos públicos, inclusive o próprio Ministério da Saúde. Além de sua atuação na compra da Covaxin, uma de suas empresas foi denunciada pelo MPF (Ministério Público Federal) por ter descumprido um contrato de R$ 20 milhões para entrega de medicamentos raros.
Já a diretoria da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, tinha depoimento marcado para a terça-feira, 13. Ela compareceu a oitiva, mas permaneceu calada, já que recebeu habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). Os senador da comissão questionaram o presidente do STF, Luís Fux sobre os limites do habeas corpus e marcaram o novo depoimento para esta quarta.
Após recorrer ao Supremo, Maximiano e Emanuela serão ouvidos pela CPI com direiro a habeas corpus. Eles foram obrigados a comparecer, mas podem ficar em silêncio com base no direito a não se incriminar. A opção vale exclusivamente para perguntas que tragam risco de autoincriminação. As restantes devem ser respondidas.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Repórter cidadão
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro