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CPI pode recorrer à polícia para Carlos Wizard depor na quinta-feira

Publicado terça-feira, 15 de junho de 2021 às 12:29 h | Atualizado em 15/06/2021, 12:37 | Autor: Da Redação
Wizard solicitou depor por videoconferência, pedido negado pela CPI | Foto: Miguel Schincariol | AFP
Wizard solicitou depor por videoconferência, pedido negado pela CPI | Foto: Miguel Schincariol | AFP -

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD), e o vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede), ameaçaram recorrer à força policial para obrigar o empresário Carlos Wizard Martins a comparecer à comissão nesta quinta-feira, 17, para depor.

"Aqueles que foram regularmente intimados e se negarem, vamos intimar o juiz criminal da localidade onde se encontrem. Conforme o artigo 218 do Código de Processo Penal, "o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública", afirmou Aziz na abertura dos trabalhos da CPI nesta terça, 15.

Wizard solicitou depor por videoconferência, pedido negado pela CPI. Ele é um dos integrantes do chamado "gabinete paralelo", que teria aconselhado Bolsonaro contra a compra de vacinas e em favor do uso de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19.

"Esperaremos o sr. Wizard aqui. Não vindo, o artigo 218 do Código de Processo Penal está aí para isso. Uma das possibilidades é a retenção de passaporte", disse Randolfe Rodrigues. Segundo o relator da comissão, senador Renan Calheiros, (MDB), a CPI está entrando "em outra fase", com a análise da documentação reunida:

"Esta comissão começou sem nenhum investigado. Todos falaram na condição de testemunha. Mas a investigação já coligiu provas e mais provas, e precisa reclassificar algumas pessoas agora na condição de investigadas. A partir dos resultados, podemos e devemos, sim, avançar. É isto que vamos fazer durante a semana", afirmou.

Randolfe anunciou, antes do início da reunião desta terça, que a CPI vai reapresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF), com fundamentação mais detalhada, todos os pedidos de quebra de sigilos telefônicos e telemáticos negados pela corte. Um desses pedidos diz respeito ao coronel da reserva Elcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello. Randolfe também informou que será pedida a quebra de sigilos de Carlos Wizard e de algumas empresas do setor farmacêutico, entre elas EMS, Vitamedic e a Aspen.

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