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POLÍTICA

Deputados federais da Bahia não veem com bons olhos escolha de Rolando e possível troca de superintendentes na Polícia Federal

Raul Aguilar

Por Raul Aguilar

05/05/2020 - 14:06 h
Escolha é vista como uma manobra por grande parte dos deputados federais da Bahia | Foto: Isac Nóbrega | PR
Escolha é vista como uma manobra por grande parte dos deputados federais da Bahia | Foto: Isac Nóbrega | PR -

A decisão do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) de nomear, ontem, o delegado da Polícia Federal (PF) e então secretário de Planejamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Rolando Alexandre de Souza, para o cargo de diretor-geral da PF é vista como uma manobra por grande parte dos deputados federais da Bahia.

Informações de bastidores dão conta que a escolha do presidente foi baseada em indicação do diretor-geral da Abin, o delegado Alexandre Ramagem, primeiro cogitado ao cargo e que teve sua nomeação suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O jornal O Globo apurou que o primeiro ato de Rolando será promover mudanças na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, responsável pela investigação de processos envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), ambos filhos do presidente da República. No desembarque do Governo, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que Bolsonaro estava tentando intervir politicamente da PF, através da indicação de alguém com quem pudesse “colher informações”.

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A deputada Alice Portugal afirma que a escolha de Rolando é uma “manobra diversionista” e que ele é “uma extensão do Ramagem”. “É uma combinação explícita dos interesses do presidente em buscar informações privilegiadas da PF, um polícia judiciária do estado brasileiro, não dele. As mensagens trocadas entre Moro e ele são explícitas, quando ele diz “mais um motivo para trocar”, se referindo aos deputados bolsonarismo que estavam sendo investigados, como está sendo o seu filho; Esse é o foco principal do presidente. Esse senhor, que era o imediato da Abin [Rolando], irá para lá continuar o intento interrompido com a não posse do Ramagem”, explica Portugal.

O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) ressalta que decisão é do presidente, mas avalia que “o ideal, mais transparentes e que evitaria interferências políticas na PF” seria a implantação de um lista tríplice para escolha do diretor-geral. “Não acredito que nenhum delegado ou qualquer um dos seus dignos integrantes, agentes federais, vá submeter uma instituição séria, ilibada, com tanta credibilidade, como é a Polícia Federal no combate ao Crime, a interesses escusos, espúrios; Se houver, por parte de qualquer chefe de executivo transitório”, pondera Isidório.

O deputado Charles Fernandes (PSD) avalia que uma eventual troca de superintendente da PF não será vista com bons olhos pelo Congresso: “Nunca é bom você está trocando superintendente da Polícia Federal. A PF tem sua autonomia, sempre teve e esperamos que continue tendo. Essa troca do superintendente nos estados é ruim, não deve estar acontecendo”.

Apesar de reconhecer que a escolha para o comando da PF é prerrogativa do presidente da República, o deputado federal Valmir Assunção (PT) avalia que, se houve interferência do Supremo na indicação de Ramagem, também deveria ocorrer agora. “Eu acho que o Ministro Alexandre de Moraes, que suspendeu no primeiro momento a indicação de Bolsonaro para comandar a Polícia Federal... Já que fez naquele momento, deveria fazer também agora; Já que agora é um amigo dos dois [Bolsonaro e Ramagem]”, destaca Assunção (PT).

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