POLÍTICA
Desatualizado, PDDU deixa Salvador sob risco de catástrofes ambientais
Plano deve passar por revisão a cada oito anos
Por Cassio Moreira

Revisado pela última vez em 2016, ainda na gestão do ex-pfefeito ACM Neto (União Brasil), o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador (PDDU) permanece desatualizado e sem previsão de ser votado pela Câmara Municipal de Salvador.
A expectativa era de que o PDDU fosse apresentado pela Prefeitura em 2024, ano limite no prazo de oito anos para sua revisão. O envio do texto para apreciação, entretanto, não foi enviado ao legislativo. Um dos pontos que deve ser debatido na nova versão é o preparo do município para o enfrentando dos desastres naturais climáticos, como outras grandes cidades têm feito. No último ano, a forte chuva que atingiu a cidade resultou em deslizamentos, desabamentos e causou duas mortes. De acordo com a última versão do documento, aprovada em 2016, o PDDU tem como um dos seus objetivos "propiciar as condições necessárias à habilitação do Município, para a captação de recursos financeiros de apoio a programas de desenvolvimento urbano junto a fontes nacionais ou internacionais", além de garantir o direito à cidade sustentável e sua função social e da propriedade urbana.
Consultado pelo Portal A Tarde para falar sobre a construção dos espigões, o presidente do SOS Buracão, Miguel Sehbe, alertou sobre a postura adotada pela gestão municipal acerca da crise climática, na contramão das outras grandes cidades.
"Londres já discute isso, Estocolmo também. Até Curitiba, nem precisa ir tão longe assim. A gestão é troglodita nesse aspecto (preservação ambiental). Essa ideia de que concreto demais é desenvolvimento já não é mais aceita nas grandes cidades", destacou.
O Portal A TARDE tentou contato com vereadores da bancada de oposição, mas não obteve retorno até a publicação.
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